Foto (O gol)
Rapaz técnico de futebol tem que
ser “bocão” mesmo. Alguém que brigue pelo time. Em caso de derrota, vociferar,
berrar na entrevista coletiva que foi prejudicado pela arbitragem, que o
gramado estava ruim, a torcida não incentivou... Pressão! Essa é a palavra. Na
beira do gramado, os jogadores precisam ver ali um líder, comandante que cobra
e elogia na hora certa. É por aí mesmo. Agora, se o cara quer ser gentil,
educado, bonzinho demais, as feras do futebol o engolem. A começar pelos radialistas
e jornalistas esportivos.
É o caso de Celso Teixeira.
Paulista de Campinas, o treinador já trabalhou no Treze na década passada e
está de volta. Muitos o chamam de doido. Mas a ideia é essa mesmo. O Galo
estava precisando de alguém que desse uma sacudida no astral. Quem foi o
Alvinegro de tantas conquistas no passado? Estava perdendo para gato e
cachorro, como se diz no popular. Aliás, numa breve pesquisa, percebi que de
2000 para cá, o paulista Juninho Fonseca foi o único técnico não
nordestino a conquistar o Campeonato Paraibano. E foi pelo Treze em 2001. Até onde minha pesquisa atingiu, também
encontrei o gaúcho Ademir Muller, campeão pelo Botafogo, no final da década de
1990. O restante, só profissionais que conhecem a realidade local.
Pedrinho Albuquerque, Tassiano
Gadelha, Marcelo Vilar, Washington Lobo, Freitas Nascimento, Reginaldo Sousa,
Maurício Simões, Francisco Diá, também fazem parte desse grupo de vencedores das décadas de 2000 e 2010. Pelo visto, não adianta muito investir em treinadores de outras
regiões, nem mesmo do Rio Grande do Sul, que ao que parece, fechou uma parceria
vitalícia com a Seleção Brasileira. Para se dar bem por aqui, tem que saber
jogar no calor do Sertão, lidar com a pressão da torcida, ouvir grito de
matuto, vencer clássico e obter acesso. Celsão parece que foi a melhor escolha
que o Treze poderia fazer. Ainda mais agora, com a chegada do ex-raposeiro Roger
Gaúcho. Pior que estava, não poderia ficar mesmo.
Em dois jogos, um empate
providencial em Cajazeiras e uma vitória convincente no Presidente Vargas,
contra o sempre enxerido CSP por 3x0. Logo o Galo, que ainda não havia feito
mais do que dois gols em jogos oficiais esse ano, agora mostrou que vai para o tudo ou nada,
na única competição a disputar em 2017. Bom para os trezeanos, que voltam a
sonhar com o título, após a chegada de mais um paulista, que está disposto a
repetir o êxito obtido por Juninho Fonseca, mostrando que os forasteiros também
podem se dar bem nas terras tabajarinas. Agora, não aperreiem o juízo dele não,
visse...
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