Globo Esporte
Mesmo que perca para o Corinthians na semifinal da Copa São Paulo, um passo importante foi dado pelo Vasco da Gama. A equipe tenta ser grande novamente, mesmo que seja começando pela base. Aquela camisa de tantas glórias volta a ter peso e impor respeito aos adversários. Não só por causa de algumas goleadas no meio do caminho da copinha, mas pela qualidade coletiva e individual, que lastreiam e dão ao torcedor um motivo para continuar tendo razões de seguir em frente.
Se não fosse a bagunça que os presidentes e dirigentes de times fazem no Brasil, não haveria tantos clubes falidos beirando a bancarrota. Era para ter uma Operação Lava Jato no futebol brasileiro. Apoio que haja uma legislação que regulamente e puna a improbidade administrativa no esporte. Algo como uma Lei de Responsabilidade Fiscal. Prestação de contas ao fim do mandato e remuneração para quem exercer algum cargo.
O que já fizeram de miséria no futebol brasileiro ao longo dos anos, não está nos livros de história. Os cartolas já começam errados quando na cara lisa mentem no borderô dos estádios. O roubo já começa ali. Misturam dinheiro do time com o seu e está feito o fuzuê. Quando fui assessor parlamentar de uma deputada da Paraiba, sugeri um Projeto de Lei que obrigasse o uso das catracas eletrônicas nos estádios administrados pelo Governo do Estado. Está tramitando desde 2015.
O gerente de um estádio me revelou que as catracas estão lá, eu sempre as vejo inclusive, mas os times não querem que elas sejam utilizadas. Por que será? É preciso acabar aos poucos com as falcatruas enraizadas nos nossos gramados verdes e amarelos, padrão FIFA, ou padrão Silvio Porto. Diminuir, inibir ou extinguir o câncer da manipulação de resultados e a farra com as finanças dos times. O sujeito faz o que quer , acaba o mandato e deixa a herança pro sucessor, matando aos poucos as instituições.
Enquanto houver meninos com sonhos e ilusões jogando no pingo do meio dia, teremos esperança de que algo de bom aconteça em termos de mudança de atitude e comportamento. O futebol ainda é luz no fim do túnel que liga o vestiário ao gramado.
Assim como o jogador da Venezuela, no Mundial sub 20 se calou após ser chamado de morto de fome pelo adversário chileno, da mesma forma a resposta pode ser dada dentro de campo pelo Vasquinho diante do "poderoso" Corinthians. Aposto em pênaltis. Que não necessariamente vença o melhor, mas o que for melhor do que o melhor.
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