Em janeiro começa o período de chuvas no Sertão nordestino. Verão com cara de inverno e o povo local troca mesmo as bolas porque a "invernada" promete ser grande. E não falo de chuvinha fina. É tromba d'água na vera. Raios, relâmpagos e trovões. Em Cajazeiras, o fenômeno da natureza tem até cor e é azul.
O técnico do Treze, Maurílio Silva, provavelmente não conhecia a cidade. Deve ter sido alertado sobre o calor e as dificuldades de ganhar dos donos da casa. Ele conhece como ninguém esse tipo de adversidade. Já rodou o mundo jogando bola , mas mesmo assim, creio que estava confiante num bom resultado. Culpa dos amistosos.
Os times sertanejos têm uma tática diferenciada para montar times não tão caros , para a realidade local, como não fazem Treze, Campinense e Botafogo. Pergunte se o veterano e bom Marcinho está ganhando o mesmo que recebia no Campinense ano passado. E o lateral Jackinha , ex-raposeiro também? Quanto ao nigeriano Yerién? O salário será igual ao que ele percebia quando era do Galo há "duzentos anos"?
Deu para ver que a disputa vai ser acirrada e interessante em 2019. E Maurílio que se ligue na realidade e adversidades do futebol paraibano para se segurar no cargo na Série C. A Bombonera paraibana fica no Perpetão. Menos mal que jogando contra adversários do outro grupo, o prejuízo pode ser menor. Basta secar os companheiros de chave. Apesar de que o momento não está tão propício para a seca.
Diz a lenda que chove mais forte no Sertão , porque a frente fria vem da Amazônia. Procuremos, portanto, Marle Bandeira e Isnaldo Cândido para tirar as dúvidas. O que parece distante , pode estar mais perto do que se imagina. Por isso os gritos de "o campeão voltou", depois dos 2x0.
Lembrando que em 2002 , quando o time cajazeirense surpreendeu e foi campeão, o técnico do Treze ainda jogava e brilhava sob chuva ou sol , no Grêmio. Estão deixando eles sonharem. É um direito que lhes assiste. Porém, ainda é cedo para saber se o ano vai ser bom de inverno ou não. As jogadas precisam vir do Eixo Norte.
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