#ElesNão #ElaSim



É muito difícil defender o indefensável. Contra áudios não existem argumentos. A não ser que as provas sejam fruto de um imitador profissional, estilo Tom Cavalcante. Os agora ex-presidentes do Campinense e do Botafogo foram convidados pela Justiça a abandonar o barco e assim fizeram. Aldeone parece que se safou. Não sei. Será o início do fim ou o começo de uma nova etapa no futebol paraibano? Com a escolha da nova presidente, mesmo que apoiada pela antiga presidenta, esperamos momentos melhores e menos bizarros por aqui.

Não há como apagar o passado. Quem corrompeu, corrompeu. Quem se beneficiou injustamente, idem. Quem foi injustiçado, não terá uma segunda chance e quem foi iludido, ludibriado, infelizmente vai precisar conviver com isso. Há uma movimentação para renovação da arbitragem no estado. Para que a credibilidade, que nunca foi lá essas coisas, volte a pairar pelos nossos estádios e porões. Quando víamos as mesmas figuras carimbadas pisando no gramado para apitar partidas e mais partidas, já desconfiávamos que algo de errado não estava certo. Pense num cara sortudo. Todo jogo estava lá. Sério, fazendo sinal da cruz, rezando (só se fosse para o Satanás). Ostentava um ar de puritano. Já foi tarde.

Quando 2019 chegar, a maioria dos estádios será vetada pelo Ministério Público e após o famoso Termo de Ajustamento de Conduta, a bola vai rolar. Eu quero mesmo ver se a torcida, que já não estava comparecendo em bom número há muito tempo, irá voltar numa boa a sentar naquelas arquibancadas quentes e duras, com sua almofadinha trazida de casa. Sem manipulação, ou com a interferência de menos fatores extracampo, pode ser que resultados inesperados voltem a acontecer. Algumas zebrinhas e coisa e tal. Aqueles times conhecidos por pequenos, que tinham jogador expulso numa falta boba. Falou algo para o juizão que ninguém ouviu... Aquele gol salvador aos 52 do segundo tempo. O impedimento mal assinalado. Todas as safadezas, os arrumadinhos, já deram o que tinha de dar.

Queremos mesmo é ouvir aquele grito de gol, aquela reclamação sadia, aquele cara que toma todas e vai ao estádio só para ficar no pé do ouvido do treinador e não vê nenhum lance, o alívio da vitória incontestável, sem precedentes para reclamação de nenhum lado. Precisamos voltar a ter a inocência das crianças na plateia aliada à experiência dos mais velhos, num encontro de gerações, num desfile de uniformes novos e fubentos. Gritar, chorar, esbravejar, berrar e quase entrar em campo, juntamente com o narrador da rádio. Soltar frases aleatórias como: chuta no gol, toca a bola, faz a área e tira a zaga. É isso que queremos ouvir nas gravações feitas pelo nosso dispositivo biológico de armazenamento. Querendo ou não, daqui para frente todos terão que aceitar #ElesNão e #ElaSim. 



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