
Duas autoridades em campo. Os dois maiores campeões da Paraíba. Um belo jogo de futebol. Não é à toa que ambas as equipes chegaram à condição de finalistas do campeonato estadual de 2018. Ainda não tinham se encontrado esse ano, mas valeu a pena esperar. No horizonte, relâmpagos anunciavam a chuva que caía no Cariri e, simultaneamente, demonstravam o início arrasador da Raposa, que com pouco mais de um minuto, resolveu a partida e arrancou das mãos do Belo, a vantagem na grande final de domingo em João Pessoa. Tarcísio é o nome do artilheiro do espetáculo.
Apesar
do placar mínimo, a partida foi recheada de chances reais de gols, com os
finalistas buscando a todo instante se sobressair. A Raposa sufocou desde o
início e a marcação na saída de bola do rival, dificultou e, muito, a vida do
representante de João Pessoa. Já na segunda etapa, o equilíbrio foi mais
visível. É tanto que o Campinense poderia, tranquilamente, ter feito mais
um gol, bem como ter sofrido o empate. Não seria nada extraordinário.
Porém, o resultado final acabou sendo justo, devido ao ímpeto e aplicação
tática do Rubro-Negro.
No
duelo entre os maestros Marcos Aurélio e Marcinho, a lei do ex prevaleceu. Quem
viu o Campinense penando para vencer o Serrano na semifinal, estranhou, no bom
sentido, o que presenciou contra o time da estrela vermelha. Jogo aberto, com as equipes buscando o
tempo todo a vitória. A torcida de Campina Grande lavou a alma com a bela
atuação de seu filho ilustre. Dessa vez, o salão de festas não foi tão solícito
ao time da capital, que continua sendo favorito ao título, mas precisa traduzir
esse favoritismo em ações que demonstrem essa superioridade. O tempo passou,
mas a técnica continua precisando da raça. O próprio hino raposeiro alerta aos
adversários, que o time é de decisão.
Qualquer
prognóstico seria leviano. Mas, os indícios apontam para mais um grande jogo no
próximo domingo. A festa vista nas arquibancadas do Amigão, certamente se
repetirá no primo rico Almeidão. Difícil é para o visitante atuar da mesma
forma mostrada quando era mandante. A
vantagem é um mar que seduz, mas é só para afogar (Kid Abelha). Se a competição
inteira foi difícil, sofrida, com jogos de nível técnico baixo, as finais tendem
a limpar a vista de todos. A arbitragem de fora, se mostrou também bastante
oportuna e eficaz. Até para preservar os profissionais locais de qualquer
suspeição justificável ou não. Seja quem for o campeão , tenho certeza de
que a taça estará em boas mãos e mesmo com um regulamento muito criativo, as
duas melhores agremiações do certame abrilhantarão mais uma vez o exíguo e
sofrido Campeonato Paraibano. Um dos dois dirá ao final dos noventa e poucos
minutos: respeite a autoridade!
@basilionetoo
basilio-neto@hotmail.com
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