E NINGUÉM CALA...



Estatística em futebol até que é interessante. A leitura dos confrontos passados faz o comparativo e estabelece uma projeção sobre o que pode acontecer em mais um capítulo da história. É aí onde entram o tabu e a freguesia. Mexem com torcida, imprensa, comissão técnica e atletas. Interfere no emocional.

Como aconteceu com o Botafogo do Rio e o da Paraíba nesse mês de março. O Belo há quase três anos faz do Amigão um salão de festas, contra o Treze e o Glorioso carioca foi derrotado em duas finais recentes (2015/2016), para o Vasco. 

Desde 1997, o Fogão não se sagra campeão estadual vencendo a grande final contra um dos grandes do estado. As últimas vezes em que ganhou foi faturando os dois turnos direto (2010 e 2013). Em 2006, a conquista foi sobre o Madureira, campeão da Taça Rio.

Aí encabula mesmo. Ainda mais quando existe uma inferioridade em relação à qualidade técnica, no elenco, em comparação ao seu oponente. O torcedor é quem se expõe mais nessas circunstâncias. Fica na dúvida se vai ou não ao estádio para não fazer papel de besta. Cria expectativas e na maioria das vezes sai decepcionado.

Para derrubar uma escrita, a sorte acompanha aqueles que labutam e possuem qualidade. Planejamento, honestidade, trabalho em equipe e dinheiro em caixa, são os requisitos a serem preenchidos. Caso contrário, o tempo passa, o tabu aumenta e a zoeira nunca terá fim. 

Tudo continua como a cantiga da perua: de pior a pior. O Treze mesmo poderia jogar mais dez vezes e com arbitragem até da Rússia, que não ganharia do time da estrela vermelha. Contra o Campinense, pode ser que a equipe de João Pessoa encontre um pouco mais de dificuldade. É o confronto mais esperado do campeonato, com as duas melhores equipes da competição. 

No Cariocão, a febre do momento é o placar 3x2. Não há favorito, embora quem precise mais, por questão de honra, levantar o troféu, seja o Botafogo, para poder enfim chorar, mas de emoção. Ao Galo, resta 2018 para salvar 2019.



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