CAMPINENSE BICAMPEÃO POR OITO MINUTOS

(Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press)

Euforia, gritos, êxtase, alegria. Tristeza, choro, decepção, reconhecimento. O Campinense foi o campeão da Copa do Nordeste por apenas alguns minutos, mas valeu a pena. Rodrigão provou que não é apenas mais um rostinho "bonito" no futebol e com frieza marcou o gol do título que momentos depois mudaria de lado. 

O técnico Francisco Diá mostrou ao longo da temporada que adora mexer no time, principalmente após o intervalo. Mas na final desse domingo (1), sacou Raul ainda no primeiro tempo. Depois, o craque camisa dez, Roger Gaúcho, também foi substituído. Em outros jogos, estas mudanças "doidas" de Diá surtiram efeito, mas contra o Santa Cruz foi diferente. Parecia que tudo se encaminhava para um monótono empate sem gols, quando a Raposa abriu o placar. Então, foi como alguém que mexe num ninho de marimbondo e sai correndo. O time de Pernambuco parece que precisava, desejava, almejava um pouco mais a conquista inédita.

É tanto que ainda no fervor e auge da adrenalina de campeão, o setor defensivo da equipe de Campina Grande se descuidou após uma falta cobrada com rapidez. O gol sofrido neutralizou qualquer reação Rubro-Negra. Naquela hora, não tinha mais Roger Gaúcho. Talvez essa mudança, essa, não foi fácil de entender. Mas o que realmente importa é que a festa foi digna de dois grandes clubes que souberam representar com altivez as suas cores. 

Todos os méritos sejam dados para um time que sofreu na Série D, mas agora é premiado com a elite do futebol brasileiro e uma inédita participação na Copa Sul-Americana. É uma excelente lição para os nossos times. O Campinense retoma sua caminhada em busca do título do Paraibano e, por conseguinte, quer garantir participação no Campeonato Brasileiro. Pelo menos, ao que parece, dinheiro não será problema por um bom tempo. Basta que haja uma gestão de qualidade. Precisamos de dirigentes-gestores responsáveis com o patrimônio e as finanças do clube.


Esse detalhe pode ser o diferencial e fazer com que os degraus sejam superados com conquistas e acessos. Dessa maneira, oito minutos poderão ser substituídos por uma bela história traduzida em respeito, ostentado no escudo de uma camisa. Porém, o título de 2013 vai ser sempre lembrado como a façanha de um time com toque de bola refinado e estilo abusado de jogar, similar ao de 2016. Mesmo que o vice não seja muito condecorado, outros desafios estão por vir. 

Precisamos acabar com a sina do futebol de Campina Grande, de quase sempre ,na hora do vamos ver, tremer nas bases. Falo com relação às conquistas em nível nacional. Subir de divisão, figurar entre pelo menos os 60 melhores do país. Vamos adiante com nossos sonhos, mesmo que sejamos alimentados por lampejos de Lampião, em busca de um novo cangaço.


Comentários

Anônimo disse…
Muito bem, poeta!
Anônimo disse…
Boa