Lulismo, Madurismo e Dinizismo


 https://ge.globo.com/futebol/times/sao-paulo/stories/2020/12/11/a-fabrica-de-memes-fernando-diniz.ghtml

“Ismo” é um sufixo presente em várias palavras da Língua Portuguesa, que chegou ao nosso idioma através do latim “ismus”. Usado normalmente para descrever filosofias, teorias, religiões, movimentos sociais, artísticos e comportamentos. Sendo assim, ao analisarmos a origem etimológica e morfológica do vocábulo dinizismo, chegaremos a algo como a filosofia de Diniz. Fernando Diniz foi um jogador de futebol mediano. Nem muito bom e nem de todo ruim. Lembro dele no Palmeiras, entrando no segundo tempo e fazendo até alguns gols importantes. Atuou ainda no Corinthians, Paraná, Fluminense, Flamengo, Cruzeiro, Santos, entre outros times. Terminou sua carreira sem muito glamour e tempos depois apareceu como técnico.

Começou no Votoraty, mas foi no Audax que passou a ser enxergado pela sua audácia e coragem, que na maioria das vezes fazia com que o seu time perdesse, mas sem abrir mão de sempre sair jogando, colocando a bola no chão, um verdadeiro inimigo do chutão. E ai de quem ousasse desobedecer o psicólogo, que talvez em dias de jogo, precise mais do divã, do que os seus pacientes imaginários. Cara feia quando toma gol, xingamentos em excesso e aquela imaturidade ao se referir ao seu comandado Tchê Tchê como perninha, mascaradinho e ainda brincar de tomar água na cara do jogador Luciano do São Paulo, em plena área técnica.  Como analisar este perfil?

Porém, a teimosia em sair jogando na pequena área, ter obsessão pela posse de bola, como o Barcelona de Guardiola e a Seleção Espanhola de 2010, fizeram com que rapidamente o treinador se tornasse o queridinho da imprensa esportiva brasileira. Um herói sem títulos. Ganhou o primeiro de, mais ou menos expressão, este ano – o Cariocão. Algo que Abel Braga já tinha feito em 2022, sem tanto estardalhaço da mídia. E olha que o Flamengo, vice nas duas ocasiões era bem melhor na primeira derrota. Mas, eis que o clamor por Diniz na Seleção Brasileira, que começou baixinho, foi ganhando proporções gigantescas, ao ponto de torna-lo blindado de críticas, Se o Fluminense ganha, mérito dele, se perde, foi porque os jogadores não conseguiram assimilar a ideia do professor. Não compraram-na.

Com o veterano Vanderley Luxemburgo, a história é bem diferente. Ultrapassado, para muitos, apesar dos inúmeros troféus conquistados, não sabe falar o futebolês em sua nova ortografia, baixando e subindo as linhas, na transição do último terço do campo. Só entende de chutão e mandar fazer o facão. Apesar disso, na arena Corinthians, deu Timão, na última rodada do Brasileirão, diante do Fluzão. O retrógrado superou o melhor técnico do Brasil. Ah! Lembrei que o homem estava suspenso, então não teve culpa. Se lá estivesse, teria sido diferente.

Dinizismo rima com jornalismo, que tem entre muitas teorias, a do agendamento. Ela estuda a capacidade que os meios de comunicação possuem de enfatizar algum tema. Analisa a importância que a mídia tem ao aproximar o indivíduo de uma realidade distante da sua. Precisamos de senso crítico para conseguir analisar as situações independente da blindagem midiática. Seja no futebol, ou na política, com o Lulismo, Madurismo ou Bolsonarismo. Fernando pode um dia vir a ser o que muitos já acham que ele é. Basta seguir o seu caminho com profissionalismo, companheirismo , sem revanchismo, ativismo, achismo, perfeccionismo, preciosismo e Totalitarismo. No momento certo, todos poderão enfim fazer o F em paz.  

 

 


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