Era só o que faltava! O Treze, que em outras ocasiões, foi beneficiado depois de recorrer à Justiça, agora pode sofrer um duro revés, caso seja punido por ter contestado o Ministério Público e reivindicado permissão para que houvesse duas torcidas na final do Campeonato Paraibano de 2023. Para refrescar a nossa memória, em 2012 o Galo conseguiu figurar na Série C, mesmo tendo sido o quinto colocado da Série D do ano anterior. A peleja foi contra a CBF e o Rio Branco do Acre. Lembro que teve até ameaça de exclusão do time de Campina Grande, perante a FIFA, mas o Galo Duro foi até o final e ganhou no cansaço. Acontece que durante a Série C de 2011, o Rio Branco e o Governo do Estado do Acre acionaram a Justiça Comum contra uma decisão da Procuradoria da Defesa do Consumidor , que interditou a Arena da Floresta para a presença de público, o que acarretou na exclusão do time acriano da competição. Foi aí que o quiprocó começou. Para quem não sabe, não se pode recorrer à Justiça Comum antes de esgotadas todas as possibilidades da Justiça Desportiva.
Esta
comparação entre os casos chega para assustar o torcedor trezeano, que ainda
está comemorando o título estadual e o calendário cheio de competições
rentáveis em 2024. O que se pode esperar dos tribunais? Mesmo que eu esteja na
roda dos leigos, qualquer um sabe que o problema e a solução no Direito, podem ser encontrados nas famosas brechas que alimentam as diferentes interpretações.
Estamos em um país em que o atual presidente foi condenado em três instâncias e
depois estranhamente liberado para se candidatar, não sendo inocentado, mas
tendo seus processos anulados pelo mesmo Supremo Tribunal que o condenou. Na
Paraíba, as Operações Calvário e Cartola, com provas contundentes e gritantes,
foram sendo minadas, esquecidas e fragilizadas pelo tempo e pelas
inacreditáveis suspeições dos juízes. Contra tudo e contra todos. Este é o slogan do Galo, sendo comum ouvi-lo da boca de qualquer torcedor
alvinegro, como se já fosse algo ensaiado. Este lema terá de ser usado mais uma
vez, na data já marcada: dia 27 de abril em sessão extraordinária.
Porém, entendo que todo esse
desgaste poderia facilmente ter sido evitado. O que sobrou de empenho,
competência e trabalho por parte do presidente alvinegro Artur Almeida
(Bolinha) e seus diretores, faltou no quesito experiência e “malandragem”.
Apesar da atuação esdrúxula da arbitragem no jogo contra o Sousa, pela primeira
fase, nada justifica declarações movidas pela paixão como se ainda fossem
oriundas das arquibancadas. Dá para falar o mesmo, com outras palavras, melhor
selecionadas. Para que contestar o Ministério Público e levar algumas dezenas de
torcedores para o Marizão, se o primeiro jogo já tinha sido com torcida única? Se
houver derrota , dentro de casa, resta envidar todos os
esforços possíveis para que no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva),
a sorte mude de lado, para que o impedimento seja evitado. Mesmo que seja nos
pênaltis, ou fazendo a linha burra.
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