FINAL DA SÉRIE D



Quem diria, no início da temporada, que no término dela, teríamos um time da Paraíba na final do Campeonato Brasileiro da Série D? Acredito que poucos, para não dizer ninguém. O acesso já seria um sonho realizado, para Treze ou Campinense. Infelizmente só o Galo foi capaz de realizar esse feito grandioso. Para quem está de fora, pode até considerar exagero, mas para quem se viu mergulhado na última divisão nacional, por vários anos, valem a festa, o esforço e a conquista precisa sim ser comemorada. A batalha campal diante dos gaúchos do Caxias no sul, representa bem o que foi a competição. E agora? Já deu? Não custa nada tentar o sprint final e entrar para a história.

Se pudéssemos, em janeiro, vislumbrar a situação de hoje, acredito que todos no Treze estariam motivados ao extremo para a final contra o Ferroviário. Time "chato", que se mostra poderoso dentro do seu castelo, mas que não passa de um adversário comum, medroso e "interesseiro", fora de casa. Pelo menos foi assim contra o Campinense, na fase mais crucial do campeonato. A Raposa, que por uma trave ficou de fora, jogou de igual para igual com os cearenses, mas foi infeliz na "loteria" dos pênaltis, que açoita os menos competentes. Essa igualdade e o equilíbrio de forças  faltaram ao Alvinegro no primeiro encontro diante dos rivais do Ceará. Lógico que são momentos e situações diferentes, mas vale a comparação.

Aliás, que  partida ridícula fez o Galo, logo na primeira decisão. A palavra é forte, mas é porque esperávamos muito mais do Treze. Esqueçamos os problemas, desfalques, toda a carga de cansaço e estresse que caem sobre os ombros do representante da Rainha da Borborema. Vale a pena acreditar, em quem tem capacidade. Difícil é. Impossível, nunca! Tudo por um momento de glória. Todo esforço e dedicação são necessários. Só mais um pouco e esse time poderá figurar no seleto hall dos grandes clubes do país. Poder estampar no estádio Presidente Vargas que é, de fato, campeão brasileiro, não tem preço. 

Acabariam as polêmicas e não precisaria mais dividir título de vice com ninguém. Calando a oposição e os secadores de plantão. Quem sabe? Se não der, beleza! Há muitos degraus para subir ainda. O pior passou. Flávio Araújo e seus comandados já são merecedores de todas as reverências. Pode ser que uma daquelas viradas históricas volte a acontecer no Amigão. Se o Galo da Borborema encarnar o espírito da Copa do Brasil , na década passada, já era. 


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