ESTADÃO
22 Agosto 2018 | 10h12
Damos risada, quando deveríamos lamentar.
Adelmo Papai Smurf, do PRP-DF (nem azul, nem bochechudo, como o personagem), Cacete Pão Dividido, do PCdoB-BA (para dividir o pão, um comunista), Mestre Pop, com sua franja de roqueiro antigo, Wolverine, e sua sobrancelha assustadoramente parecida com a do herói, Gordinho Estourado, um sergipano arretado, são alguns dos candidatos das eleições 2018.
Tem mais.
Viado da Bike, que dizem ser uma figura folclórica de Belém do Pará, Galo Cego, baiano do PSOL, Teteia do Jegue.
Grete Cover, de São Paulo, já saiu em outras eleições e lembra pouco a rainha do rebolado, Gretchen.
Alceu Dispor 24 HS se eleito estará ao nosso dispor em todas as horas do dia? E Macho Vei, do PSC-MA?
Assis O Homem do Jumento é do Rio Grande do Norte.
Sergipe nos brinda com nomes bombásticos: Bin Laden, veterano, já conhecido, do PSB, Gordinho do Povo, Vardo da Lotérica, Xamego Bom, Lampião de Aracaju.
A maioria é de candidatos a deputado estadual.
Sem dinheiro e tempo da TV, o jeito é buscar o voto através de um nome de impacto.
As delícias da democracia proporcionam candidatos hilários do Brasil litorâneo, central e profundo.
Num ambiente que era para ser sério, o escarno.
A gozação.
O descrédito.
Todos os anos, eles aparecem. Já tivemos para vereador o Sobre Cú e a liga demoníaca.
Para nos divertir e também lamentarmos.








Papai Chegou quer chegar à Câmara do DF. Bolinho de Fubá, à de SP. Só na Bença abençoará a Câmara de Rondônia? Lora do Boticário é loura e paraense.
Agora, Joice aceita o desafio (em inglês) e faz um trocadilho: é melhor Jair Joiçando. Já sabemos quem apoia.
Ricardo Salles, do Partido Novo, chocou a rede, ao lançar um santinho em homenagem à bala de fuzil 30.06 contra a esquerda, MST, bandidagem e roubo de trator.
Um jeito velho de resolver conflitos graves.
A repercussão foi péssima. O candidato ruralista mudou o santinho.
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