O medo de perder tira a vontade de ganhar. Frase do filósofo Vanderley Luxemburgo. E isso foi visto no jogo CRB 3x1 Campinense, que valia vaga na Copa do Nordeste 2019. Sem contar a cota de quinhentos e tantos contos.
Apesar de ser um time de Série B, o Galo de Alagoas mostrou não estar em um nível muito superior ao do Campinense, que se encontra dois degraus abaixo no Brasileirão. Na primeira partida , a Raposa poderia ter vencido com uma diferença maior de gols, mas não teve competência para tal.
O placar mínimo trouxe a ilusão da vantagem e a tentação de procurar segurar o empate. No início , até deu certo , mas nem sempre é possível fazer como na Série D de 2012, em que lá mesmo no Rei Pelé, os comandados do tido como retranqueiro ,Freitas Nascimento, eliminaram o CSA com um 0x0 heróico. Depois disso o Baraúnas-RN, acabou com o sonho raposeiro.
O atacante Denilson, que havia saído do banco no jogo anterior e marcado duas vezes contra o Murici, assumiu a titularidade e fez um belo gol. Só que contra. Daqueles indefensáveis. E tudo começou a desandar.
Mesmo com lampejos de lucidez, do comandante Marcinho, o time não foi capaz de atuar com a altivez e autoridade com as quais havia vencido o rival alagoano no primeiro encontro. Passes errados, saídas de jogo recheadas de chutões e um futebol passivo, entregue, relapso.
Assim, o Rubro-Negro ressuscita o finado CRB, lanterna no Campeonato Brasileiro e até então há cinco jogos sem ganhar de ninguém. Hora de juntar os cacos e mirar novamente o acesso à Série C.
Se o time era conhecido por ter tradição no Nordestão , campeão de 2013 e mesmo assim fracassou, é hora de ter sucesso onde nunca se seu bem. Saindo do Inferno de Dante, que é a quarta divisão, ninguém lembrará do julgamento condenatório obtido no palco que leva o nome do rei do futebol. Isso pode até fazer surgir , talvez, um novo Nascimento. Quem sabe...
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