ESTADÃO
Redação Divirta-se
01 Fevereiro 2018 | 18h07
Foto: Twentieth Century Fox
Respaldado pelo sucesso com ‘O Labirinto do Fauno’, de 2006, Guillermo Del Toro tem em A Forma da Água sua produção mais completa. Com 13 indicações ao Oscar, o longa conta a fábula de um amor incomum – quase inimaginável –, mas não impossível.
A história gira em torno da relação que é construída entre uma zeladora muda, Elisa Esposito, vivida pela atriz Sally Hawkins (‘Simplesmente Feliz’) e A Forma, como é chamado o misterioso ser que está preso em um departamento de experiências secretas dos Estados Unidos.
Despida de qualquer preconceito, Elisa ignora todos os instintos humanos básicos e se aproxima do desconhecido, criando uma conexão com o ser.
A paixão entre Elisa e A Forma é colocada em risco por um monstro, como enuncia no início do filme o narrador – vizinho e melhor amigo da protagonista, papel de Richard Jenkins. Porém, nesse caso, o monstro é muito mais trivial do que se pode imaginar.
A trilha sonora, composta por Alexandre Desplat, premiada no Globo de Ouro e indicada ao Oscar, tem papel fundamental nas cenas com ou sem a protagonista, e dita o ritmo do longa. Mas se engana quem achar que a falta de diálogos, por parte de Sally, possa ser algo negativo. A atuação da atriz é primorosa justamente por essa condição da personagem.
Ainda que situado durante a Guerra Fria, o longa aborda assuntos atuais como homofobia, assédio sexual e racismo, presentes de forma secundária, mas não menos importante. Lucas Lopes (especial para o Estado)
Comentários