(Depois de algumas semanas)
Zé Laurentino escreveu o poema A lição do gato. Na ocasião, o vate nos levou a fazer uma reflexão sobre o destino dado , pelos donos, aos animais ,quando estes estão velhos, fazendo posteriormente uma analogia com seu estado de saúde debilitado em decorrência da velhice. Em outras palavras, Laurentino pergunta se vão fazer a ele o mesmo que ao gato.
Encontrei um bichinho com poucos dias de vida próximo à minha casa. Um servidor público, desses que trabalham no controle de mosquitos da dengue , tentava em vão colocá-lo em um terreno baldio, para que o bichano, pequeno e frágil , não seguisse em direção ao asfalto onde possivelmente seria esmagado.
Eu vinha com algumas poucas sacolas de compras, feitas em um supermercado próximo e dessa vez não hesitei. Peguei o animalzinho inquieto , coloquei dentro do saco e rumei ao meu destino. Cabeça pra fora, cabeça pra dentro e miados incessantes marcaram o trajeto de alguns metros.
Improvisei um "bangalô" para ele, dei leite, comprei ração, pesquisei na internet a maneira mais adequada de como proceder numa situação dessas. Pus o nome de Bear Grylls nele - aquele cara que passa na TV, ensinando como sobreviver numa situação de emergência em um ambiente hostil. O gato foi meu hóspede por parte da manhã e uma tarde. Não adiantava deixá lo só com comida e abrigo. Ele queria interagir.
Finalmente, entreguei os pontos e desisti. Mas, e agora? Como proceder? Não poderia pegar uma caixa e colocar Bear Grylls na rua ameaçadora novamente. Lembrei de uma senhora que ama os animais e mora na mesma rua que eu. Tem um montão de felinos em sua casa e um quintal grande. E não é que a adoção deu certo! A adaptação foi perfeita e rolou até acompanhamento de veterinário, vacina e tudo mais.
Parece um gesto bobo, que nem merecia "textão", mas mostra como podemos fazer escolhas que, em fração de segundos, mudarão destinos que pareciam traçados. E isso não se limita aos pobres e indefesos animais, vale também para nossos semelhantes, como destacou bem em sua poesia matuta o grande e saudoso poeta declamador José Laurentino.
Zé Laurentino escreveu o poema A lição do gato. Na ocasião, o vate nos levou a fazer uma reflexão sobre o destino dado , pelos donos, aos animais ,quando estes estão velhos, fazendo posteriormente uma analogia com seu estado de saúde debilitado em decorrência da velhice. Em outras palavras, Laurentino pergunta se vão fazer a ele o mesmo que ao gato.
Encontrei um bichinho com poucos dias de vida próximo à minha casa. Um servidor público, desses que trabalham no controle de mosquitos da dengue , tentava em vão colocá-lo em um terreno baldio, para que o bichano, pequeno e frágil , não seguisse em direção ao asfalto onde possivelmente seria esmagado.
Eu vinha com algumas poucas sacolas de compras, feitas em um supermercado próximo e dessa vez não hesitei. Peguei o animalzinho inquieto , coloquei dentro do saco e rumei ao meu destino. Cabeça pra fora, cabeça pra dentro e miados incessantes marcaram o trajeto de alguns metros.
Improvisei um "bangalô" para ele, dei leite, comprei ração, pesquisei na internet a maneira mais adequada de como proceder numa situação dessas. Pus o nome de Bear Grylls nele - aquele cara que passa na TV, ensinando como sobreviver numa situação de emergência em um ambiente hostil. O gato foi meu hóspede por parte da manhã e uma tarde. Não adiantava deixá lo só com comida e abrigo. Ele queria interagir.
Finalmente, entreguei os pontos e desisti. Mas, e agora? Como proceder? Não poderia pegar uma caixa e colocar Bear Grylls na rua ameaçadora novamente. Lembrei de uma senhora que ama os animais e mora na mesma rua que eu. Tem um montão de felinos em sua casa e um quintal grande. E não é que a adoção deu certo! A adaptação foi perfeita e rolou até acompanhamento de veterinário, vacina e tudo mais.
Parece um gesto bobo, que nem merecia "textão", mas mostra como podemos fazer escolhas que, em fração de segundos, mudarão destinos que pareciam traçados. E isso não se limita aos pobres e indefesos animais, vale também para nossos semelhantes, como destacou bem em sua poesia matuta o grande e saudoso poeta declamador José Laurentino.
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