Eu já estava
disposto a não perder o meu tempo vendo a Seleção Brasileira "quebrar a
bola" mais uma vez, mas depois que soube que a Copa América aconteceria
nos Estados Unidos, mudei de ideia. Por incrível que pareça, até jogos sem
badalação como Panamá x Bolívia estão prendendo a minha atenção nessa
competição. A estratégia de se aproveitar os 100 anos da copa e organizá-la nos
States, para mim, foi uma jogada de mestre.
Por ter
realizado, com sucesso, a "World Cup" de 1994 e tantos outros eventos, não é
novidade para ninguém a facilidade e naturalidade que os estadunidenses têm em
serem anfitriões. Nada de amadorismo, improviso ou jeitinho. O que vejo são
estádios suntuosos, que com certeza não foram construídos pela Odebrecht, grandes públicos, gramados perfeitos, horários cumpridos à risca e o resultado se vê dentro de
campo.
Não espero e
nem acho que o Brasil , em farrapos como está, seja campeão , mas seria bom
aprender um pouco mais sobre o estilo austero de se organizar eventos
esportivos na terra do Tio Sam. Creio até que eles merecem o título, para
consolidar um trabalho que se iniciou com o roqueiro Alexis Lalas, caído no
chão após um carrinho inútil que terminou com um gol milimétrico de Bebeto.
Naquele tempo
a Seleção Brasileira ainda existia. Hoje, o único craque que temos, se diverte nas férias,
enquanto sua Pátria de chuteiras se mostra pronta mais uma vez, para
envergonhar uma Nação. Tomara que eu esteja errado, mas o futebol no Brasil
parece que consegue piorar, dia após dia, assim como nossa atual conjuntura
política, moral, econômica e social. Certa vez o saudoso jornalista Mica Guimarães disse ao ver uma lata de cerveja no chão: "Lata, lata, lata, minha vida de cachorro". Não se trata de complexo de vira-latas, apenas é a realidade latente, latindo.
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