Foto: Divulgação/Sport Club do Recife
Mesmo com uma folha salarial de
alguns milhões a mais que a do modesto rival, estádio lotado, peso da camisa,
tradição, história, investimento, pressão e treinador famoso, o Sport sofreu
para vencer o Campinense na Ilha do Retiro pela semifinal da Copa do Nordeste, nessa quinta-feira (14), pelo placar mínimo. Coube ao veterano de guerra,
Durval, aos 40 e todos do segundo tempo, invadindo os acréscimos que já
ultrapassavam o limite do aceitável, marcar de cabeça, com uma presença de área digna de um "centrefor".
Inicialmente seriam cinco minutos de descontos.
Muito tempo , para uma partida em que não houve tantas paralisações. Mas, até que estava dando para os paraibanos
se segurarem e tudo levava a crer que o empate já estaria sacramentado. Só que ,depois de duas idas ao solo do goleiro Glédson e aquela velha esfriada no jogo, mais dois minutos
adicionais foram mostrados na placa. Foi quando o time de Campina Grande sucumbiu ao peso que havia
levado durante noventa minutos nas costas e os torcedores que já tinham cruzado
os portões para chegar mais cedo em casa, ouviram ao longe o grito de alívio,
de alegria, prazer, satisfação e esperança de uma torcida ensandecida.
A Raposa enfrentou o Leão de igual
para igual. Jogando e deixando jogar. Indo ao ataque com naturalidade,
competência e qualidade. Sem um centroavante fixo, por causa da ausência de
Rodrigão, o time aparentemente se adaptou melhor a esse estilo de jogo, sempre
com a bola passando pelos pés do maestro Roger Gaúcho. Por um capricho
do destino, o Campinense não foi agraciado com um melhor resultado em terras
pernambucanas.
Veremos, no próximo domingo, se o
abismo estrutural que separa os dois times, como definiu o comentarista de uma
televisão que transmitiu o jogo, vai prevalecer e a lógica ditará quem fará a
grande final da competição regional que mais deu certo no Brasil. Já ouvi algumas pessoas dizerem
que em 2013, o Campinense foi campeão porque as grandes forças do Nordeste não
deram muito crédito ao certame e tampouco estavam com os times em sua força máxima.
Este é o momento de o torcedor raposeiro mostrar o seu potencial e o Rubro-Negro,
hexacampeão paraibano, no seu maior teste do ano, provar que tudo o que falaram
de bom ao seu respeito era verdade.
Imagino a cara de decepção de Diego
Souza, com a sua camisa 87, caso seja eliminado e a vibração enlouquecida de
Francisco Diá, se isso acontecer. Também vislumbro um Amigão lotado (faz
tempo!), em silêncio com torcedores tristes, mas de cabeça erguida, ou repetindo a comemoração extasiada de 2013. Esperemos e
veremos qual das opções será a escolhida pelos deuses do futebol e aceitas
pelos seus súditos resignados. Domingo saberemos, quem cai e quem permanece na
democracia de uma arquibancada ou num golpe que balança as redes. Domingo...
Ficha
Técnica: Sport 1x0 Campinense
Copa
do Nordeste – 1º jogo da semifinal
Local:
Estádio da Ilha do Retiro, Recife-PE, 20h
Árbitro:
José Ricardo Vasconcellos - SE
Assistentes:
Rondinelle dos Santos e Pedro Jorge Santos - AL
Público:
23.390 espectadores
Renda:
R$ 416.850,00
Cartões amarelos:
Sport: Christianno, Rithely e
Durval
Campinense:
Bruno Correa
Gol
Sport: Durval (49’\2º T)
Sport
Danilo
Fernandes; Samuel Xavier, Oswaldo Henríquez, Durval e Christianno; Serginho,
Rithely, Diego Souza, Reinaldo Lenis (Maicon) e Mark González (Luiz Antônio); e
Vinícius Araújo (Johnathan Goiano). Técnico: Paulo
Roberto Falcão.
Campinense
Gledson,
Fernando Pires, Joécio, Tiago Sala, Danilo, Negretti, Magno, Filipe Ramon
(Jussimar), Roger, Bruno (Pitbull) e Raul (Chapinha). Técnico:
Francisco Diá.
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