DEIVID E O INACREDITÁVEL




Dois colegas jornalistas entraram em contato comigo dias antes do jogo, para saber informações sobre o Campinense. Um de Belo Horizonte e o outro de São Paulo. Recebi de ambos o agradecimento por ter "destrinchado" o time, para que a matéria do site fosse feita e a participação na rádio concretizada. Lembrei-me de uma professora que tive na UFCG, há alguns anos - Suzanne, que adorava usar a palavra destrinchar. Impressões passadas e o dilema era saber se o Campinense iria a campo com um time misto ou reserva. Pensei comigo mesmo: "será que os caras estão com medo da nossa Raposa"? Futebol globalizado é assim mesmo. Não tem mais ninguém bobo.

Bola rolando, Cruzeiro precavido e um empate sem gols anunciado, como naquelas oportunidades em que a gente olha para o campo e diz: esse jogo vai ser zero a zero. Às vezes acertamos. Foi o que aconteceu. A Raposa de Minas não mostrou em nenhum momento a intenção de liquidar a fatura em Campina Grande. Sem essa de que o jogo da volta vai atrapalhar o planejamento e evitá-lo seria bom pois daria mais tempo para treinar e descansar. Já o Campinense, com o pensamento no Treze, adversário do próximo domingo na semifinal do Paraibano, e já se preparando para a final da Copa do Nordeste, também ficou satisfeito por ter forçado o segundo jogo no Mineirão. O técnico Francisco Diá afirmou que qualquer empate com gols serve. Então, pelo visto os paraibanos vão dar uma de doido e tentar, devagarzinho pelas beiradas, se fazer de mineirinhos e surpreender o tetracampeão da Copa do Brasil nos seus domínios.

Mas esse capítulo só será lido após o Campinense resolver sua vida no Paraibano e na Copa do Nordeste. É tanta coisa para se preocupar, que até o ponto alto do ano, em outros momentos, está sendo deixado em segundo plano. Time para jogar de igual para igual com o Cruzeiro, pelo menos no Amigão, a Raposa mostrou que tem. Vamos ver em Belo Horizonte se a história se repete. Enquanto isso, já que falamos na estratégia de se fazer de morto, o Treze está de boa, esperando como um aracnídeo, sem pressa a hora em que algo cai na sua teia. O Galo da Borborema só tem uma chance de seguir em atividade no ano de 2016. Para o Alvinegro, o Paraibano vale mais do que Sul-americana. Sendo assim, vamos ver o que o futuro tem reservado para os times de Campina Grande nesse primeiro semestre.

O técnico Deivid, da Raposa de Minas, avaliou como positivo o empate contra a equipe de Campina Grande. Disse que mesmo o Campinense, sendo "um time pequeno", merece respeito. Sei não. É melhor tomar cuidado com Roger Gaúcho, Rodrigão, Pitbull e demais jogadores "abusados" que o elenco Rubro-negro possui. Para que ele não sinta o dissabor, de apesar de ter tido uma carreira brilhante como jogador, fracassar como técnico, contra um adversário que aparentemente não parecia meter medo. Assim como aconteceu naquele gol perdido contra o Vasco no Engenhão.








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