Domingo, clima ameno, passatempo,
incentivo, pressão, confusão, tensão, racismo, reclamação, força, determinação,
pênalti, gol, festa, alívio, vitória, derrota, alegria, tristeza, alambrado,
desconforto, proximidade, palavrão, vibração, Treze 1x0 Cuiabá.
Palavras-chave que podem dar uma ideia do
que foi o jogo válido pela Série C, do Campeonato Brasileiro, neste domingo
(24), no Estádio Presidente Vargas, em Campina Grande. Noventa minutos de muita
reclamação e insatisfação por parte dos jogadores e comissão técnica do
Dourado. Apreensão e euforia dos trezeanos ao som do apito final.
Quando dizem que o futebol de hoje em dia
é mais força e preparo físico, do que técnica e tática, se alguém tinha dúvida
disso, o duelo de hoje dirimiu todas. "Madeira de dar em doido". O
incansável Rafael Oliveira, autor do único gol da partida, saiu de campo, de
maca. Exausto e extenuado. Duas expulsões e cinco cartões amarelos, no decorrer
da partida, mostraram que a vitória veio a duras penas.
Quem sofre tanto para vencer, jogando em
seus domínios, não pode continuar sendo tão generoso fora de casa. Pelo menos
ainda há esperanças de aterrissar no G4 e fugir do Z2. Entretanto, os
torcedores que vão ao PV, bem que poderiam se aconchegar no alto das
arquibancadas e esquecerem o alambrado. Tem gente que se realiza em xingar, esbravejar
e vomitar todo tipo de impropério para os visitantes.
Este vil comportamento pode acarretar punição
ou prisão aos desavisados, haja vista a reclamação veemente do jogador Elionar Bombinha
do Cuiabá, que alegou ter sido chamado de macaco, por um torcedor. Precisamos
aprender a ser tolerantes e aceitar o contraditório, mesmo que isso represente
aplaudir o adversário, que às vezes nos rouba o direito legítimo de comemorar a
vitória do time do coração, ou apenas respeitar os profissionais que estão do
outro lado.
Está bem. Eu sei que isto é quase uma utopia. Um estádio de
futebol, sem xingamentos e palavrões. Mas é que eu não pude resistir e evitar
ser contagiado pelo clima surreal dos tempos de horário eleitoral gratuito. Enquanto isso, o Galo respira e já pode
amiudar pensando no próximo desafio.
Fotos: Basílio Lima
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