Eu bem que poderia
iniciar esta postagem dizendo que o técnico Freitas Nascimento comandou na
tarde desta quarta-feira (13), mais um treino preparatório visando o
compromisso contra o Coruripe, no próximo domingo em Alagoas. Muita
movimentação, orientações, bola parada, escanteios repetidos à exaustão, numa
espécie de quase coletivo, no Estádio Renatão, contra um mistão composto por
reservas e jogadores da base. Todavia, eu prefiro me ater aos pormenores.
O Campinense marcou
quatro gols nos três primeiros jogos do Campeonato Brasileiro, Série D. Dois por
intermédio do meia Bismarck, outro contra e um de Tiago Chulapa. Nada mal,
levando em consideração que o time sofreu apenas dois gols e está com saldo
positivo. O problema é que o Central de Caruaru tem a mesma pontuação (5),
igual número de jogos (3), saldo de gols idêntico (2), mas um detalhe tira a
Raposa do G2, neste momento da competição nacional: Um gol. O rival
pernambucano marcou cinco e tem um ataque mais eficiente. O setor ofensivo do
time de Campina Grande só funcionou em uma ocasião, através do centroavante
trombador e brigador - Tiago Chulapa. Aliás, nunca perguntei, mas creio que
este sobrenome foi herdado da comparação com o ex-atacante do Santos e Seleção
Brasileira, Serginho Chulapa.
Durante o treino, observei
a dificuldade dos jogadores ao "enfrentarem" o gramado do Renatão. Imagino que eles
se regozijam quando tem coletivo no Amigão, que ainda não está com o tapete semelhante ao do Almeidão - em João Pessoa - mas se comparado ao do CT da Bela
Vista, é padrão FIFA. Zé Paulo recebe a bola pela esquerda, faz a finta sobre
dois zagueiros adversários e com os olhos fitos na bola, morde a língua e
imagina a bola estufando a rede. Antes do arremate, o montinho zagueiro, dá
aquela ajeitadinha, como no passe de Pelé para Torres na Copa de 1970 e a bola
vai para fora do estádio. Os torcedores presentes zombam e reclamam:
- Como é que um cara desses treina a semana toda e faz isso no jogo?
O legal de ir aos
treinos é também poder ouvir o diálogo, bola a bola, jogada após jogada. O
craque do time esbraveja depois de um lance perdido e fala que "neste
campo não dá nem para dominar, imagina chutar de primeira"! O goleiro
reserva, Ivan, foi muito bem durante os trabalhos, mesmo tendo que amargar a
reserva nos jogos. A verdade é que o Campinense está bem servido de goleiros.
Lá atrás, tudo sob controle, porém na frente... Para piorar a situação,
Chulapão está indo para os Emirados Árabes.
O único atacante fixo e
de referência do elenco, foi seduzido por uma proposta irrecusável. Agora é com
Zé Paulo, Wanderley e Léo Paraíba. Nesta Série D, um gol pode fazer a diferença
entre a permanência e o adeus. A Raposa, que lutou tanto para disputar
esta competição, sendo vice-campeão de um Campeonato Paraibano, que foi um dos
mais conturbados da história, deve por em prática a máxima que diz ser a maior
defesa, o ataque. Ou seria o contrário? Não importa. O caso é que se ninguém
resolver lá na frente é só dar a nove de Chulapa para Bismarck. Já a bola que Zé Paulo chutou fora do Renatão, torcedores solidários ajudaram e
evitaram que um transeunte esperto levasse a Brazuca para casa. Ainda bem que
treino é treino e jogo tem gandula.
Fotos: Neto Basílio
@basilioneto98
facebook.com/basilioneto
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Domingo meio dia.
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