Concordo
que o futebol é mais do que um simples esporte. Mexe com a paixão dos torcedores e
envolve muitos interesses comerciais. Porém, algo me preocupa e tornou-se mais notório
após a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Mesmo consciente
de todas as falcatruas e da corrupção que existe na FIFA, sinto vergonha de o
nosso país estar nas mãos de tantos canalhas, que nos envergonham perante o
mundo e do maldito jeitinho brasileiro que faz a gente pensar que no final vai dar
tudo certo. Para que cumprir prazos? Para que ser honesto? Por que não
aproveitar o momento para superfaturar projetos das famosas arenas, que deixam
cair o sangue dos nossos trabalhadores na areia, como diante de leões famintos?
Vamos nos convencer de que tudo mudou. Nunca na história deste país, ladrão de colarinho
branco fingiu estar preso, com tantas regalias até encher o papo.
Lembro que em 2006, a Seleção Alemã, anfitriã do mundial daquele ano, foi aplaudida de pé por seus torcedores, após a eliminação com a derrota para a Itália na prorrogação. Aqui, se isto acontecer, é capaz de termos de assistir à revolta generalizada e um possível quebra-quebra, nos suntuosos estádios, erguidos no concreto molhado com a água, que poderia lembrar aos nossos governantes da transposição imaginária do Rio São Francisco. Ganhar! Isto é o que vale. Não importa como, não interessa sobre quem seja preciso passar por cima. Acima de tudo, uma boa parte dos brasileiros (não se pode generalizar), ainda quer sair do domínio dos “portugueses”. Crescer na vida, vencer, mesmo que seja na base do abafa, da bola alçada na área, da agressão que o árbitro não viu, do dinheiro escondido na cueca...
Sem contar que muitos de nós adoramos o neologismo da tal ostentação. Queremos a todo custo, ter uma casa, um carro, uma tevê, ou um celular melhores do que o do vizinho. Vale até sujar o nome, fazer um sacrifício, ou mesmo imitar o Governo Federal, que ignora o que acontece na Venezuela e acha que pode adotar Cuba e afundar a Petrobras. Voltando ao futebol, não me surpreende, portanto, a euforia causada por um título que caiu nas mãos da maior torcida do mundo, de forma ilegal. "Roubado é mais gostoso". Que frase célebre! Partiu do goleiro Felipe, o qual vez por outra quero confundi-lo com o seu antecessor, Bruno. O importante é sair na vantagem. Ver alguém deixar a carteira cair e não avisar. Sorrateiramente ir lá, pegar o dinheiro e deixar os documentos no chão.
As redes sociais mudaram o mundo e agilizaram a
comunicação entre as pessoas. Cada um escreve o que quer e expõe o seu
pensamento. Parece até uma democracia da informação, se não fosse a tentativa
de se retomar uma ditadura virtual após 50 anos. Quando alguém fica contrariado
com algum pensamento, às vezes, sente-se no direito de pular o muro imaginário
do próximo e lançar o veneno lícito do contraditório, normalmente de forma mal
educada. E aí são vários temas em discussão: Sexualidade, política, religião, "paraibabaquismo", esportes
e os mais diversos gostos e escolhas possíveis.
Futebol é um grande passatempo, um entretenimento que mobiliza multidões. Agora, não podemos creditar ao esporte bretão a razão de nossa existência. Isto sim é ser ridículo. E se não ganharmos a Copa do Mundo de novo? Se formos vice mais uma vez? Qual o problema? Vou ter um ataque do coração por este motivo pífio (Lula adora esta palavra)? Nunca é tarde para procurarmos nos educar, mudar nossa forma de ver o mundo e nos relacionar com as pessoas. Já disse a pensadora contemporânea Valesca Popozuda: "Beijinho no ombro, pro recalque passar longe".
Futebol é um grande passatempo, um entretenimento que mobiliza multidões. Agora, não podemos creditar ao esporte bretão a razão de nossa existência. Isto sim é ser ridículo. E se não ganharmos a Copa do Mundo de novo? Se formos vice mais uma vez? Qual o problema? Vou ter um ataque do coração por este motivo pífio (Lula adora esta palavra)? Nunca é tarde para procurarmos nos educar, mudar nossa forma de ver o mundo e nos relacionar com as pessoas. Já disse a pensadora contemporânea Valesca Popozuda: "Beijinho no ombro, pro recalque passar longe".
@basilioneto98
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