(www.cbf.com.br)
Antes de entrar na Ordem do Dia, peço um aparte para parabenizar a instituição Campinense Clube, pelos noventa e oito anos de fundação. Não por acaso, a equipe carrega o peso de representar a Paraíba pelo Brasil afora, com as cores do nosso estado. A Raposa tem uma torcida conhecida como a mais vibrante e acredito que divide meio a meio, palmo a palmo a quantidade de torcedores com o Treze. Pelo menos em Campina Grande, o meu palpite é que as duas torcidas se equiparam em força e tamanho. Se não fosse pelos dois rivais e maiorais, creio que o futebol nas terras tabajarinas não subsistiria por muito tempo.
Mas, como poderia existir uma faceta negativa no
fato de ser o grande campeão da Copa do Nordeste? Tudo começa naquela goleada
de 4x0 sofrida para o Treze. Uma das mais inesperadas de toda história dos
clássicos entre Galo e Raposa. Foi exatamente o contrário do que as
expectativas gritavam, baseadas nos momentos dos dois. Tudo bem. Digamos que
foi apenas um tropeço de quem ignorou os cuidados que os favoritos precisam tomar,
antes de entrarem em campo. Outro tropeço diante do Auto Esporte, fez o alerta
mais uma vez ser ligado. Ou o Campeonato do Nordeste não apresentou um bom nível
técnico, ou o nosso Paraibano estava com times melhores do que os adversários
da Raposa naquela competição.
Pela Copa do Brasil, o rival do
representante paraibano foi o Sampaio Corrêa. Campeão Brasileiro da Série D 2012 veio à Campina Grande, devidamente “vacinado”. Com um time forte na marcação e
perigoso nos contra-ataques, cadenciou a partida, até dar o golpe de
misericórdia nos acréscimos. Estranhamente, o rubro-negro jogou como se
estivesse numa entrega de faixas. Jogadores abusando dos toquinhos de efeito,
trivelas, firulas e pouca objetividade, apesar de um falso domínio,visto na
maior posse de bola. O que sobra ao Palmeiras na Taça Libertadores, faltou ao
Campinense na Copa do Brasil: raça, vontade e determinação.
Talvez, se o adversário fosse o Flamengo, a
situação teria sido outra. Primeiro que o Amigão estaria lotado. A motivação,
que sumiu após a conquista do Nordeste, voltaria e o time, que é capaz de
muitos outros feitos, poderia mostrar seu brilhantismo mais uma vez. A
impressão que eu tive no Campeonato do Nordeste é que os times, ditos favoritos, estavam ainda em formação e por isso, não foram tão assustadores assim. Não
quero com isso tirar os méritos do brilhante Campinense, que com merecimento foi campeão,
mas o Campeonato Paraibano e a Copa do Brasil mostraram que o favoritismo é
sempre bom quando está do outro lado.
Acredito que seja possível a classificação em
pleno Maranhão, desde que o time lance mão do estratagema do Sampaio: Se fazer
de pequeno, para se tornar grande. O Campeonato do Nordeste foi um sonho, que
se tornou realidade. O dia-a-dia é o Campeonato Paraibano e passar de fase na
Copa do Brasil seria a maior prova de que o time de Campina Grande merece
ser chamado de o melhor do Nordeste. O que dizer da dura disputa pela vaga na Série D,com Botafogo, Auto Esporte, CSP e Sousa? É hora de olhar apenas para o lado bom de ser o grande campeão.
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