CAMPINENSE CAMPEÃO ?



O que falta ao futebol da Paraíba são títulos. Cansamos de exigir respeito, com frases do tipo: "Campina Grande tem time para torcer" e outras semelhantes. Declaramos que não somos "Paraibacas", tentamos bater de frente com os estados vizinhos, esperneamos a todo custo, na intenção de mostrar que o nosso futebol também tem qualidade, torcidas apaixonadas e merece consideração. Mas a velha máxima de que no futebol, dentro de campo é que se resolve tudo, é uma premissa a ser considerada.

O Campinense, versão 2013, mostrou que é possível disputar uma competição, do nível da Copa do Nordeste, olhando no olho dos adversários tradicionais da região. Aqueles que acham que podem vencer com o peso da camisa e a cara feia, imaginam que um pobre time paraibano irá se assustar diante de uma torcida ora apaixonada, ora arrogante. Eles que se sentem menosprezados diante dos sempre "top de linha" times do Sudeste, querem fazer a brincadeira do desconte no outro, com as frágeis equipes das terras tabajarinas.

Melhor do que algumas esporádicas classificações, são os títulos. Poucas pessoas lembram-se de isoladas partidas épicas em que o teoricamente mais fraco desbancou o mais forte. O que entra mesmo para a história são as conquistas. O adversário do Rubro-Negro na Copa do Brasil 2013, é o Sampaio Correia - campeão do Campeonato Brasileiro da Série D 2012. Simples assim : CAMPEÃO! A Raposa fez bonito e surpreendeu a muitos na ilha do Retiro, diante do todo poderoso Campeão Brasileiro de 1987. Seria este o momento de ir mais longe e pensar um pouco além?

O treinador Oliveira Canindé poupa os nossos ouvidos da velha pirotecnia nas entrevistas pós-jogo, comum a muitos treinadores. Sempre lúcido, é ambicioso e sabe que o seu objetivo ainda não foi alcançado. Não é utopia esperar mais deste time, que tem encantado os seus torcedores. O título do Nordestão pode proporcionar ao Campinense um bem-vindo reforço financeiro e o resgate do respeito, por parte dos nossos vizinhos. Já que no fim das contas, o que importa mesmo no futebol, é ser campeão. Por isso, apesar de tudo, prefiro a Seleção Brasileira de 1994 em detrimento da 1982 (perdoem-me os saudosistas) . Afinal, mesmo sendo nos pênaltis, foi Romário, Bebeto e Cia LTDA, que fizeram Galvão gritar: É tetraaaaaaaaaaa!!!




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