Quando Neto Surubim marcou aquele belo gol de falta, sobre o Botafogo na
final de 1989, nem o mais pessimista dos trezeanos imaginava que comemoração
igual àquela só aconteceria novamente onze anos depois - em 2000. No momento da
volta olímpica, a torcida do Campinense em 1993, achava pouco provável que
aquela cena só se repetiria , onze anos mais tarde, em 2004. Estes foram os
tabus mais recentes que a dupla Galo e Raposa tiveram de superar.
O Botafogo é o time que possui mais títulos estaduais. Vinte e cinco, ao todo. Só que a gloriosa torcida do Belo, há muito tempo não sabe o que é comemorar a conquista de um Campeonato Paraibano. É bem verdade que em 2010, a Copa Paraíba serviu para matar a saudade de gritar: “É campeão!” Porém, título estadual mesmo não é conquistado desde 2003. Entrou para dez temporadas, este martírio. Foi justamente naquele ano em que vi pela última vez, o Almeidão lotado de tricolores da estrela vermelha, numa bela participação na Série C, que quase resultou em acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Após alguns anos apresentando elencos medianos ou medíocres, em 2013 a história promete ser diferente. A começar pelo anúncio do novo treinador, Marcelo Vilar (ex-Treze), dá para se ter uma ideia de que algo mudou. O elenco atual conta com os atacantes Warley (ex-Treze e Campinense), Maxuell (ex-Baraúnas), Joalisson (ex-Campinense), Wanderley (ex-Campinense), o lateral Ferreira (ex-Treze e Campinense), Sandro - volante (ex-Cruzeiro-MG),o goleiro Genivaldo, zagueiro André Lima (ex-Treze), dentre outros reforços importantes para a próxima temporada.
Quem sabe se não veremos, no ano vindouro, mais uma vez um Botafogo forte e capaz de honrar a tradição e o peso da camisa, que com o tempo vinha perdendo os gramas nas gramas dos estádios paraibanos? A expectativa é de que tenhamos um campeonato com um bom nível técnico e que os demais times fiquem de olho, porque o Botinha Veneno vai querer antecipar a quebra do tabu de onze para dez anos, passados do último título.
O Treze quer que 2013 seja o
ano do Galo. Já os raposeiros, só falam em Dois mil e doze mais um. O CSP vem
forte, com o título da Copinha debaixo do braço, o Autinho do Amor tem tradição
e os times do Sertão são sempre uma incógnita. Quando a bola rolar, veremos se
os prognósticos foram acertados ou não. A gente se encontra; com tabu ou sem tabu.
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