ENADE E ESTADUAL DA PRATA: UMA COMBINAÇÃO PERFEITA.


Domingo, meio dia. Os planos de muita gente eram outros, mas o glorioso Gigantão da Prata acabou sendo o destino escolhido. A maioria foi a contragosto e preferiu entregar em tempo recorde. Ouvi alguns dizerem que aquela prova não serviria para nada, que é apenas uma formalidade besta do Ministério da Educação e gostariam de estar fazendo qualquer coisa, menos o tal ENADE.

Para mim, foi uma volta ao passado. Cursei todo o ensino médio naquela escola. Uma experiência gratificante, naqueles anos conhecidos como os melhores de nossas vidas: dos dezesseis aos dezoito. Confesso que eu também não estava muito animado, mas de repente veio à minha mente aquela famosa frase: já que eu estou aqui...

Apesar da fome e da preguiça, vi que eu poderia levar aquele exame a sério. No final, percebi que a gente não apenas é testado num momento destes, mas também aprendemos bastante com os textos dos enunciados e com a famosa provocação que os questionamentos nos faz. Após duas horas e quinze minutos, aproximadamente, entreguei a prova e percorri aqueles corredores que há alguns anos me eram tão familiares.

O Estadual da Prata sofreu algumas mudanças e melhorias em sua estrutura física, mas é como se ainda estivesse do mesmo jeito que eu o deixei. Do alto de minha agenda do CAD, a qual perdi tempos depois, lembro que escrevi um singelo verso que dizia mais ou menos assim:

-Sem mim, você continuará grande e impetuoso, mas eu sem você serei apenas mais um a guardar as várias recordações do passado.

Talvez por isso e pensando em não ser medíocre, como um time que entra em campo sem se importar com o resultado, dei o meu melhor. Quem sabe, inconscientemente, pensando que eu ainda estava naqueles bons tempos em que eu era aluno de Tenório, Fátima, Chica, Miguel Rodrigues, Clodoaldo, Aíltan, Gilmar Lopes, Sara, Ninfa, Marluce, Débora, Alba, Juvenal...

 

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