O SOUSA E AS ILHAS MALVINAS


Nem tudo está perdido, Sousa. Nem tudo está perdido, Suélio. Nem tudo está perdido, Treze. O Campinense ignorou supostas teorias da conspiração que especulavam haver a possibilidade de que a Raposa pudesse fazer corpo mole diante do Dinossauro, a fim de prejudicar o Galo. O Rubro-Negro venceu mais uma vez o Sousa no Marizão e leva uma vantagem ainda mais confortável para o jogo de domingo (6), no Amigão.

Mas, aí é que pode morar o perigo. Nesta troca de "gentilezas", os visitantes indesejáveis podem pagar na mesma moeda. O Sousa tem uma atração freudiana pelo Amigão, que vem desde 2009, quando Edmundo ainda era um garoto. Vale lembrar que o próprio time sertanejo, este ano, venceu o Campinense, também por 3x2 na primeira fase, jogando fora de casa.

Ao menos, fica a sensação de que o Campeonato foi bem disputado e será resolvido dentro de campo, sem as mesmas complicações de 2011. Ao que parece as turbulências ficaram para o início e tudo foi superado após o dia 30 de fevereiro. Algumas modificações necessárias feitas de acordo com a iniciativa do Ministério Público foram bastante contestadas, mas pelo visto estão sendo digeridas aos poucos.

O que não está sendo bem vinda ao estômago futebolístico sousense, é  a derrota imposta pela Raposa e que fez o treinador Suélio Lacerda, não querer falar com a imprensa após o término do jogo. O treinador deve estar vendo escapar de suas mãos,mais uma vez, a oportunidade de conquistar o título tão sonhado para a sua carreira e pretende apostar todas as fichas jogando mais uma vez em sua casa fora de casa. Digo isto porque me assustei com o que vi no sábado (28). Tamanha foi a superioridade do time verde diante do Alvinegro que imaginei que daquele instante para frente ninguém venceria aqueles caras.

Será que o sangue frio, mais uma vez vai pisar no gramado do Amigão e calar a torcida presente? Aquele contra-ataque mortal, o toque de bola consciente vai ser reeditado? Talvez, serão circunstâncias diferentes, mas ninguém se engane, pois o Sousa conhece como poucos os atalhos do Amigão. O Campinense vai jogar com o regulamento debaixo do braço e o Dinossauro quer marcar mais uma vez o seu território alheio, assim como as Malvinas que deveriam ser argentinas, mas pertencem ao Reino Unido. Que a guerra seja apenas dentro de campo e que no final vença o futebol paraibano.


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